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Trinta e três mulheres envolvidas com o tráfico de drogas já foram assassinadas este ano na Paraíba. Os dados são do Centro da mulher 8 de Março. Ao todo o centro já contabilizou 58 assassinatos. Ainda este ano foram registrados 37 estupros, 53 agressões. De acordo com o Centro, em 2011 foram registrados 44 homicídios, 104 estupros, 70 agressões e em 2010 foram 53 homicídios, 130 estupros e 74 agressões.
De acordo com a coordenadora do Centro da Mulher 8 de Março, Irene Marinheiro Jerônimo a violência contra a mulher é um fenômeno social que se baseia no machismo e na desigualdade entre homens e mulheres. “É inacreditável que em pleno século 21, terceiro milênio, os homens ainda ajam como se fossem proprietários da mulher”, desabafa.
Irene Marinheiro explicou que a violência doméstica e familiar é protegida pelo silêncio da vítima e das demais pessoas. De acordo com ela a sociedade tem que se envolver nessa questão até porque agora a Lei Maria da Penha dá cobertura a qualquer pessoa que denunciar a violência sofrida por uma mulher e a delegacia terá que tomar providências com relação ao fato, inclusive, encaminhando o processo para o juizado de violência doméstica e familiar para que sejam tomadas as devidas providências com relação as medidas protetivas.
A coordenadora do Centro da Mulher 8 de Março explicou que hoje a Paraíba já conta com uma casa abrigo estadual, para mulheres em situação de violência e contamos também com o juizado de violência contra a mulher. “Isto é um grande avanço nas políticas públicas, reivindicação antiga dos movimentos feministas e de mulheres”, destacou.
“Ao avaliarmos o crescimento da violência, principalmente no caso de assassinatos, nós atribuímos a duas razões: uma é a questão do envolvimento de mulheres nas drogas e a outra é o fato das mulheres silenciarem e não denunciar, pois é a denúncia que vai protegê-la do homicídio, sendo encaminhada para a casa abrigo se assim se fizer necessário.
Um pouco da Historia- O centro da mulher 8 de março desde sua fundação, 1990, criou um banco de dados sobre violência contra a mulher, desde a agressão ao assassinato e ao estupro. Essas notificações são feitas através da imprensa falada, escrita e televisiva se levarmos em consideração os dados atuais de homicídio veremos que houve um grande aumento nos últimos anos, veremos que o índice de violência aumentou consideravelmente”, finalizou Irene Marinheiro.
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