Os bombeiros localizaram, durante os trabalhos de rescaldo, o corpo de uma pessoa carbonizada, morta no incêndio que atingiu a favela do Moinho, na região de Campos Elíseos, no Centro de São Paulo, nesta manhã. Até as 10h10, a vítima ainda não havia sido identificada. Moradores da favela disseram aos bombeiros que o fogo começou após uma briga de usuários de drogas.
No horário, nem a Defesa Civil nem os bombeiros haviam contabilizado o número de famílias desabrigadas e o de barracos destruídos. Segundo a Defesa Civil, somente após o fim do trabalho de rescaldo será possível fazer uma vistoria no viaduto para saber se será preciso interditá-lo.
Dezoito equipes do Corpo de Bombeiros fizeram o combate ao fogo em vários pontos da favela. Eles receberam a ajuda de moradores, que tentavam jogar água com mangueiras domésticas e retirar pertences de suas casas.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) interrompeu a circulação de composições da região da favela do Moinho, por onde passam as linhas 7-Rubi e 8-Diamante. Os passageiros de um trem precisaram descer e seguir a pé por volta das 7h30.
O vento e o tempo seco contribuem para a expansão das chamas. A cidade de São Paulo completa nesta segunda-feira, 61 dias sem chuvas significativas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No twitter, os bombeiros informaram que desde o início do ano foram registrados 68 casos de incêndios em moradias populares (favelas) na cidade de São Paulo.
A favela do Moinho tem, segundo a Prefeitura de São Paulo, 375 moradias. A comunidade foi atingida por um grave incêndio no final do ano passado. O incêndio de 22 de dezembro de 2011 abalou as estruturas do Edifício Moinho, que precisou ser implodido pela Prefeitura - a circulação dos trens da CPTM chegou a ficar interrompida por semanas no local.
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