Garis foram as primeiras vítimas de sargento estuprador, diz polícia



Elas irão prestar depoimento nesta quarta-feira (12).

 Duas garis foram as primeiras vítimas do sargento da Aeronáutica Edvaldo Silva Rodrigues Júnior, que assumiu ter estuprado mais de dez mulheres na Zona Norte do Rio. Elas varriam uma rua deserta próximo à Escola Municipal Tagore, na Abolição, quando viram o motoqueiro se masturbando. O episódio ocorreu em agosto - os ataques feitos por Edvaldo começaram a partir de outubro, de acordo com as ocorrências policiais de vítimas que identificaram o estuprador.
Uma delas irá à 25ª DP (Engenho Novo) para prestar depoimento na tarde desta quarta-feira. A gari, de 34 anos, reconheceu Edvaldo através das imagens dele, mostradas pela imprensa.
- Por enquanto, são as vítimas mais antigas. Isso confere com o depoimento dele. No início, ele só se mostrava para as vítimas. Depois, ficou mais agressivo - disse o delegado Antenor Lopes.
Eram 8h quando o motoqueiro se aproximou das garis e estacionou o veículo, junto ao meio-fio. Depois de sacar uma arma, abriu as calças para se masturbar.
- Na hora, achei que fosse um assaltante. Aí, ele abaixou as calças e começou se mostrar para mim. Atravessei a rua, correndo, e disse para a minha colega: “Corre que tem um homem pelado” - contou.
Não foi um caso isolado. Dois meses depois, uma estudante de 22 anos foi atacada na saída de casa, próximo ao local onde as garis viram o motoqueiro pela primeira vez. Abordada, ela conseguiu fugir. O estuprador fugiu em direção a Cascadura. Mesmo sem tocar nas vítimas, as passagens dele pela Abolição causaram uma sensação de pânico.
- Passei a ter medo de motoqueiro. Qualquer um que passasse era suspeito. Tinha a sensação de que aquela moto poderia aparecer a qualquer momento.

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