Augusto Santa Cruz é tema de exposição no Museu Histórico de Monteiro


ImageO Museu Histórico de Monteiro realiza esta semana uma vasta programação em alusão a um dos maiores ícones da história de Monteiro, Augusto Santa Cruz.

O evento faz parte da realização da 11ª Semana dos Museus que acontece de 13 a 17 de Maio, e que tem como objetivo incentivar a visitação a estes locais de importância educativa e cultural indispensável.

Segundo o Gerente do Museu Histórico de Monteiro, Carlos Paiva, o Carlinhos, a programação constará de mostras de raridades ligadas á vida de Augusto, como diversas fotos e também armas e munições que a ele pertenceram.

“Durante este período, o museu estará aberto de Segunda a Sábado, no horário de 08 horas da manhã ao meio dia, pronto para receber toda a comunidade que tenha interesse em conhecer um pouco mais sobre a história de uma dos personagens mais importantes da história de nossa região”, disse Carlos Paiva.

SOBRE AUGUSTO SANTA CRUZ

Augusto Santa Cruz era advogado, cuja família tinha forte influência política na região. e protagonizou uma série de episódios violentos entre os anos de 1910 a 1912, onde não faltaram perseguições, espancamentos, invasões de vilas, tiroteios e mortes. Pronunciado, decidiu cercar Alagoa do Monteiro em maio de 1911, tendo sob o seu comando 130 homens armados, que destruiram a cadeia pública, libertaram os presos e ele deixou seus  “cabras” saquearem lojas e bens dos desafetos.

Ao final da invasão, que teve forte repercussão em todo o Nordeste, o advogado Santa Cruz, para muitos apenas um “Cangaceiro Togado”, tomou várias pessoas em Monteiro como reféns e preparou-se para a reação do governo. Pouco depois, tropas da polícia paraibana e pernambucana atacaram a propriedade Areal e obrigaram Santa Cruz e seus homens a fugirem.
 
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Alagoa do Monteiro, início do século XX. Fonte- Livro “Guerreiro Togado”

O resumo da ópera foi que Santa Cruz uniu forças a outro líder do interior paraibano, Franklin Dantas, da cidade de Teixeira, que igualmente se sentia perseguido pelo governador Machado.

Com esta união os dois chefes juntam mais de 300 homens em armas e partem para a invasão de várias localidades, entre elas a cidade de Patos, causando enormes transtornos e estragos.

Depois seguiram em direção ao Ceará. Mas conforme avançam para o estado vizinho, os líderes desta coluna perceberam que não possuíam muito apoio de outras lideranças e viram que a sua “guerra” não teria nenhuma possibilidade de alterar a situação política. Tempos depois Santa Cruz fugiu para Pernambuco. Processado em Alagoa do Monteiro, foi julgado a revelia e absolvido.

MUSEU DURANTE O SÃO JOÃO      

O Gerente do Museu antecipou que está preparando desde já, uma vasta programação para o período junino.

“Com certeza, estaremos também dando nossa contribuição para a programação deste ano, que tem o mote regional, com surpresas neste sentido, valorizando a cultura regional”, confirmou.

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