Comerciantes de Monteiro começam a rejeitar Pix com temor de taxação

 



Em Monteiro, a rejeição ao pagamento via Pix tem se tornado uma realidade preocupante para comerciantes locais. O receio surgiu após a divulgação de que as instituições financeiras serão obrigadas a informar à Receita Federal sobre transações mensais que ultrapassem R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.

Essa medida, estabelecida pela Instrução Normativa RFB nº 2219/2024, foi recebida com apreensão. Muitos comerciantes, temendo uma possível taxação, decidiram restringir suas operações apenas ao dinheiro. “Eu prefiro não arriscar. O pagamento em dinheiro é mais seguro neste momento”, afirmou um comerciante que optou por não se identificar.

Em nota, a Receita Federal esclareceu que a nova norma não implica aumentos na tributação, afirmando que seu objetivo é o aprimoramento do gerenciamento de riscos pela administração tributária. A Receita destacou que os dados coletados poderão facilitar, por exemplo, a declaração pré-preenchida do imposto de renda, evitando divergências.

 “A edição da IN RFB nº 2219/2024 visa a um melhor gerenciamento de riscos, respeitando as normas de sigilo bancário e fiscal”, declarou a Receita.

A Declaração de Operações com Cartões de Crédito (Decred), instituída em 2003, já permite à Receita monitorar a movimentação financeira de contribuintes. Porém, com a evolução tecnológica e o crescimento das transações digitais, a atualização se torna necessária para abranger novas formas de recebimento.

Enquanto isso, a população sente o impacto da decisão dos comerciantes, que temem complicações futuras com o fisco. Para muitos, o uso do Pix, que oferece praticidade e agilidade nas transações, foi colocado de lado.

Com OPIPOCO

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