Adolescente que envenenou bolo fala à polícia: “Muito arrependida”

 



A adolescente de 17 anos que envenenou o bolo de pote que matou Ana Luiza de Oliveira Neves, também de 17 anos, contou em depoimento à polícia que está “muito arrependida”, que sabe que os atos terão efeitos que “nunca poderão se apagar” e que sente muita vergonha e peso na consciência por ter causada a morte da colega.

Às autoridades, a menor contou a cronologia do caso que resultou na morte de Ana Luiza. No dia 31 de maio, a adolescente foi em uma loja de doce no Parque Paraíso, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, comprou um bolo de pote sabor leite ninho e foi para casa.

Na residência, ela fez um brigadeiro branco e adicionou óxido arsênico — produto químico comprado na internet pelo valor de R$ 80. A menor também escreveu um bilhete de próprio punho com os dizeres: “Um mimo para a menina mais doce e com a personalidade incrível que eu conheço”. Posteriormente, a adolescente contratou um serviço de entrega de moto e para levar o bolo até a casa de Ana Luiza.

A jovem ingeriu o doce, passou mal e morreu no dia seguinte. A adolescente ouvida contou que não teve a intenção de matar a colega e que esperava que a vítima fosse se recuperar, a exemplo de uma outra colega que também havia envenenado duas semanas antes.

A adolescente contou à polícia que a motivação do crime teria sido ciúme.

Envenenamento anterior

A menor infratora já havia envenenado outra colega, duas semanas antes da morte de Ana Luiza. Ela contou ter pago R$ 80 em um produto químico denominado de “óxido arsênico”. No dia 14 de maio, ela comprou um bolo de pote de sabor leite ninho e um cone de chocolate, pagando R$ 24, usando um cartão de crédito.

Ela comeu o cone de chocolate e guardou o bolo na geladeira. No dia seguinte, a adolescente agiu da mesma forma em que fez com Ana Luiza. Fez um brigadeiro branco, colocou em cima do recheio do bolo de pote e aplicou o veneno. A menor preparou um bilhete de próprio punho e pediu um serviço de entrega de moto para o endereço de trabalho da colega.

A vítima comeu o bolo, passou mal, mas sobreviveu.

A adolescente também contou que agiu por ciúme, visto que esse primeira vítima teria feito com que dois namorados deixassem de ficar com ela.

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