Filho que foi rejeitado por ser gay hoje é quem cuida do pai com AVC

 



Mesmo depois de sofrer rejeição e agressões por ser gay, o influenciador Bruce Lincoln decidiu retribuir com amor. Quem acompanha os vídeos dele no Instagram vê um jovem bem-humorado, que canta, dança, cuida da casa… e como todo bom filho, ele também cuida do pai, que sofreu um AVC e perdeu parte da autonomia.

O que muitos não sabem é que por trás desses vídeos leves e emocionantes está uma história de dor, superação e muito aprendizado. Bruce foi agredido física e emocionalmente pelo pai por conta da orientação sexual. Em um dos momentos mais marcantes, o pai chegou a dizer que preferia ter um filho ladrão ou dependente químico, do que um filho gay.

Mesmo assim, Bruce, que mora em Porto Velho, Rondônia, não guarda mágoa. Hoje, é ele quem dá banho, troca fraldas e alimenta o homem que um dia o rejeitou. “Não é para me vangloriar. É para que outras famílias enxerguem isso enquanto ainda dá tempo”, disse Bruce em entrevista.

Rejeição e dor dentro de casa

Desde pequeno, Bruce enfrentou a difícil realidade de crescer em um lar onde a identidade era motivo de conflito. O pai, que bebia muito, passou anos preso e chegou a atear fogo na casa.

Em diversas discussões, falava frases que machucavam profundamente a autoestima e humanidade. Uma das mais duras foi quando o pai afirmou preferir que o filho fosse “ladrão ou drogado” do que gay.

As agressões físicas também marcaram a adolescência do influenciador. “A dor vinha de quem deveria me proteger”, comentou Bruce em um dos seus vídeos.

Ainda assim, ele seguiu firme. Mesmo sem ajuda dos irmãos, que não cuidam do pai, Bruce construiu independência e, aos poucos, foi encontrando espaço e voz, principalmente nas redes sociais.

Um recado para outras famílias

Bruce diz que não grava os vídeos para se exibir. “O intuito é mostrar que ninguém sabe o dia de amanhã. Que pais pensem duas vezes antes de rejeitar um filho por ser gay”, declarou. As postagens viralizaram e inspiram milhares de pessoas que passam por situações parecidas.

Ele usa sua história para tocar o coração de quem ainda trata a orientação sexual de filhos como “vergonha” ou “erro”. E a cada troca de fralda, a cada colher de comida, Bruce prova que amor é mais forte que o preconceito.

O amor vence

Com leveza e alegria, Bruce transforma o que poderia ser uma história de amargura em um exemplo de empatia e perdão.

Ele mostra que a vida ensina, sim, mas só aprende quem está disposto a evoluir e cuidar de quem um dia não soube amar.

 “Eu cuido porque aprendi o que é amor de verdade. E amor a gente oferece, não espera em troca”, concluiu.


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