O que é preciso para conquistar bolsa


No Guia Enem, colunista Mateus Prado esclarece dúvidas sobre o programa do governo Prouni

 O Programa Universidade para Todos (Prouni)distribui bolsas totais (100%) ou parciais (50%) nas universidades particulares brasileiras. Em troca, as faculdades recebem isenção no pagamento de alguns impostos. Em 2012, o Prouni disponibilizou, somando o primeiro e o segundo semestre, mais de 280 mil vagas. Conheça algumas regras importantes para receber uma bolsa.
Cada estudante pode fazer duas opções na inscrição, em universidades e/ou cursos iguais ou diferentes. As duas primeiras chamadas são de responsabilidade do MEC e o aluno precisa apresentar a documentação no curso para o qual foi aprovado. Se a instituição de ensino quiser, pode fazer uma prova de seleção adicional, mas dificilmente isso ocorre. A seleção do Prouni é um pouco mais complicada para o aluno.
São disponibilizadas poucas vagas por sala de aula de instituições particulares, apesar do grande número total de vagas, e em alguns lugares são rapidamente preenchidas, enquanto na maioria das instituições acabam sobrando, principalmente quando ficam para depois da terceira chamada. A falta de fiscalização do governo, somado a falta de integração de chamadas nacionais para o Prouni e a não articulação com o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) fazem com que boa parte destas vagas sobrem. E, mesmo sobrando, o governo mantêm a isenção fiscal às instituições de ensino.
Podem concorrer a bolsas do Prounias pessoas que fizeram o ensino médio em escolas públicas ou que tenham sido bolsistas, com bolsa integral, em escolas particulares. Entra essas pessoas há duas opções de bolsas. Quem tem renda familiar de até 1,5 salário mínimo per capita (por pessoa/por cabeça) pode concorrer às vagas que dão 100% de bolsa. Para saber o rendimento per capita de sua casa, a conta é simples. Some o salário bruto das pessoas que trabalham e divida pelo número de pessoas que moram com você. Se este valor for igual, ou inferior, a 1,5 salário mínimo, você pode concorrer a uma das vagas em que a bolsa é de 100%.
Agora, se o resultado desta divisão for maior que 1,5 mas menor que 3 salários mínimos, você poderá concorrer a uma vaga de 50% de bolsa em uma universidade particular. Se ainda assim você não tem condições financeiras de pagar o restante, pode fazer a opção de completar o valor (os demais 50%) pedindo o financiamento do Fies ( Fundo de Financiamento Estudantil ). O FIES paga a outra metade do seu curso e você só começa a pagar, por este financiamento, depois que sair da faculdade, com juros menores que os de mercado, além de ter um tempo razoável para isso (em geral 2 vezes mais um ano, o tempo de curso, para pagar. Assim, quem faz um curso de quatro anos, tem 9 anos para pagar o financiamento referente à metade do curso pela qual não recebe bolsa). Fique atento para ver se sua universidade e seu curso tem convênio com o Fies. Se tiver, poderá ser pedido em qualquer momento do curso.
Há uma exceção no Prouni, para os cursos de licenciatura e pedagogia para pessoas que já trabalham na rede pública de educação. Esses alunos não precisam comprovar renda e podem concorrer livremente às vagas com 100% de bolsa. Nos casos em que a bolsa for de 50%, cada ano de trabalho na educação pública reduz uma parte da divida do financiamento, podendo o estudante chegar a não pagar nada pelo financiamento.
Afrodescendentes e indígenas possuem a garantia, pela lei que institui o Prouni, de reservas de vagas em número proporcional à presença destas populações no Estado em que estiver sendo oferecido vagas pela instituição de ensino.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem