Empresária da Paraíba acerta os números da Mega-Sena, mas perde R$ 202 milhões por erro no bilhete; caso segue na Justiça Federal desde maio de 2025

 


A sorte parecia estar prestes a mudar a vida de uma empresária de João Pessoa (PB) no início de maio de 2025, quando os números sorteados da Mega-Sena 2.743, realizado em 8 de maio, coincidiram exatamente com a aposta que ela havia feito pela internet. Mas o sonho de se tornar milionária rapidamente se transformou em um pesadelo: por um erro de registro no sistema da lotérica digital, o bilhete não foi validado, e os R$ 202 milhões do prêmio principal jamais chegaram às mãos da suposta vencedora.

O caso, que ganhou destaque nacional no dia 10 de maio de 2025, foi revelado pelo portal UAI e posteriormente repercutido por veículos como o G1 e o Correio da Paraíba, levantando uma discussão inédita sobre falhas de sistema, responsabilidade das plataformas de apostas e os limites jurídicos do jogo eletrônico no país.

O bilhete que valia uma fortuna, mas nunca existiu oficialmente

De acordo com a reportagem do Metrópoles (10/05/2025), a empresária que preferiu não ter o nome divulgado — havia realizado a aposta pelo aplicativo de uma plataforma digital de loterias licenciada pela Caixa Econômica Federal.

Segundo seu advogado, o pagamento foi devidamente confirmado, e os números escolhidos foram exatamente os mesmos sorteados no concurso 2.743 da Mega-Sena: 05, 09, 12, 36, 44 e 60.

No entanto, quando ela tentou conferir o bilhete após o sorteio, percebeu que o sistema indicava a aposta como “não concluída”.

A plataforma, por sua vez, alegou que o pagamento não havia sido processado integralmente antes do fechamento do concurso, motivo pelo qual o bilhete não foi validado no sistema da Caixa.

“Ela viu o comprovante de pagamento, mas o bilhete não aparecia registrado. Horas depois, o sistema já havia fechado as apostas. Mesmo assim, a confirmação bancária foi feita normalmente”, explicou o advogado da empresária ao portal Economic News Brasil (11/05/2025).

O que diz a Caixa e a plataforma digital

A Caixa Econômica Federal, responsável oficial pelas loterias no Brasil, afirmou em nota ao portal G1 Paraíba que “não há registro de aposta válida em nome da cliente” e que as plataformas intermediárias operam sob contrato de risco, sendo responsáveis por garantir que as apostas sejam concluídas dentro do prazo limite.

Já a empresa intermediadora, cujo nome também não foi divulgado por motivos jurídicos, se defende alegando que “não houve erro no sistema, mas sim um atraso na compensação bancária fora de seu controle”, destacando que o valor foi integralmente estornado à cliente.

Segundo o advogado da empresária, no entanto, o estorno “não resolve o dano moral e patrimonial causado”, uma vez que o valor simbólico da aposta era pequeno, mas o prejuízo potencial era incalculável.

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Monteiro

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