Empresários esperam crescimento de até 10% nas vendas no final do ano


Os dados da pesquisa foram coletados com 240 empresários ou gerentes de micro, pequenas, médias e grandes empresas na Região Metropolitana de João Pessoa

Com o Natal e Ano Novo chegando, os empresários do comércio da Região Metropolitana de João Pessoa estão bastante otimistas em relação às vendas para o período, segundo dados divulgados pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (IFEP-PB). De acordo com o estudo, 60,42% dos comerciários entrevistados acreditam que este ano haja um crescimento nas vendas entre 5% e 10% em relação ao mesmo período de 2011, enquanto que 11,25% esperam que as vendas se mantenham próximas as do ano anterior. Os dados integram o Índice de Confiança do Empresário do Comércio da Região Metropolitana de João Pessoa (ICEC-RMJP).
Para dar conta da movimentação do setor, 47,08% dos entrevistados pretendem aumentar o quadro de funcionários da empresa. Apesar do otimismo, 49,59% dos entrevistados se mostraram cautelosos e disseram que vão manter o quadro. Vale ressaltar que no último trimestre, 59,17% dos empresários mantiveram seus funcionários sem alteração, enquanto 31,67% tiveram aumento no número e apenas 8,75% afirmaram uma redução.
Em relação aos fatores que podem restringir o crescimento das empresas nos próximos três meses, os entrevistados apontaram a concorrência nacional (58,33%), os custos/inflação (52,08%) e o estado da economia, com 46,67%.

Confiança em outubro

No mês de outubro, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio da Região Metropolitana de João Pessoa (ICEC-RMJP) apresentou uma expansão de 4,16% na comparação com outubro de 2011, atingindo 121,21 pontos em uma escala que varia de zero (total pessimismo) a 200 (total otimismo), mostrando que os empresários estão confiantes no setor.
Em relação aos sub-indicadores, o índice que mede a situação atual foi o que mais influenciou positivamente o resultado com alta de 5,94%, passando de 107,35 pontos em outubro de 2011 para 113,72 pontos em outubro deste ano.
Este resultado foi influenciado principalmente pela avaliação dos empresários sobre a receita de vendas. O percentual de empresários que avaliou como “maior” ou “muito maior” avançou de 33,10% em outubro de 2011 para 51,25% em outubro deste ano. A segunda maior contribuição para o bom resultado da situação atual foi a quantidade de vendas, a classificação “maior” ou “muito maior” expandiu de 31,69% para 50,41%.
Estas boas avaliações dos empresários em relação às receitas e às quantidades de vendas refletem as medidas emergenciais de aquecimento da economia para conter os efeitos nocivos da crise financeira internacional, como a prorrogação do IPI reduzido até o final do ano. “Além desses fatores, a proximidade com o Natal e a redução da taxa de juros Selic a patamares historicamente baixos também contribuiu para a expansão da confiança dos empresários”, acrescentou o presidente do Sistema Fecomércio, Marconi Medeiros.
Já a Expectativa do Empresário do Comércio (IEE-C), que mede a confiança na situação futura, sofreu uma expansão de 2,64%, registrando 128,70 pontos. O item que mais contribuiu para este avanço foi a percepção sobre o estado da economia brasileira para os próximos doze meses. Neste quesito, os empresários que afirmaram estar “muito otimista” em relação ao rumo da economia nacional avançou de 11,63% em outubro de 2011 para 17,08% em outubro deste ano.
Em relação à expectativa na economia brasileira para os próximos doze meses, 61,67% apresentaram otimismo, 17,08% mostraram-se muito otimistas e 15% mantiveram-se neutros. Quanto à economia internacional, os empresários estão mais cautelosos: apenas 28,75% estão otimistas.

Juros, inflação e câmbio

Em relação à taxa de juros praticada no país, 75,83% dos entrevistados acreditam que ela permanecerá estável nos próximos três meses, enquanto 18,75% acreditam na queda da taxa e 3,33% crêem que ela vai subir. Já em relação à inflação, 49,17% acreditam na estabilidade, 34,17% na alta, enquanto apenas 13,75% dos empresários crêem na redução da inflação. Quanto à taxa de câmbio (real x dólar), 55,83% acreditam na estabilidade.
Investimentos

Na visão geral, 73,33% dos empresários da RMJP afirmaram a necessidade de maior investimento em suas empresas nos próximos doze meses. As empresas de porte médio foram as que manifestaram as maiores intenções de investimentos (90,91%). As principais razões para estes investimentos foram a renovação ou modernização (62,92%), novos investimentos (35,83%), expansão (29,17%) e aumento da estrutura (17,08%). Já entre os fatores que podem restringir estes investimentos, foram citados a falta de capital (44,58%), margem de lucro insuficiente (41,25%), incentivos fiscais (34,42%) e custos de financiamento (32,08%).
Sendo o Capital de Giro um dos investimentos mais importantes a serem feitos em uma empresa, a sondagem procurou conhecer como os empresários avaliam este ponto em relação ao mês anterior. Para a maior parte dos empresários (49,58%) não houve alteração, 31,67% acreditaram ter sido maior, 5,42% muito maior, 5,83% menor e 1,25% muito menor.
Para 48,75% dos empresários, o montante de recursos que entraram na sua empresa no mês de outubro superou o do mês anterior. Já para 38,75% permaneceu igual ao de setembro e 8,75% consideraram as receitas inferiores.
Em relação ao nível de vendas, 47,08% dos empresários entrevistados consideraram que suas vendas em outubro deste ano superaram as de setembro, 35,83% foram iguais e 10,42% disseram ter sido menores.

Estoque, pedidos e inadimplência

Segundo a pesquisa, 59,17% dos empresários da RMJP estão operando com a capacidade normal de estoque, 27,92% com um nível alto e 2,92%, muito alto. Os lojistas que estão operando com níveis baixos atingiram 8,75% do total.
Quanto ao total de pedidos das empresas em outubro em relação ao mês passado, 55% afirmaram que foi maior e 7,08% acreditam ter sido muito maior, 28,75% responderam que os pedidos permaneceram exatamente iguais, enquanto 7,50% disseram ter sido menor e 0,42% muito menor.
Já em relação à inadimplência, 27,92% dos comerciantes acreditam que ela permaneceu igual na relação outubro/setembro 2012, seguido por um grupo de 25,42% que classificaram como menor e 26,25% como muito menor. Os lojistas que responderam como maior atingiu um percentual de 9,17%.

Metodologia

Os dados da pesquisa foram coletados com 240 empresários ou gerentes de micro, pequenas, médias e grandes empresas na Região Metropolitana de João Pessoa, durante o período de 18 a 30 de outubro de 2012.

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