Análise: Seleção adia começo de novo ciclo e leva muito pouco de derrota para Marrocos
Não, a seleção
brasileira não começou um novo ciclo, por mais que o calendário do futebol
aponte o contrário. Nem de transição pode ser chamado esse período atravessado,
entre a frustração pela eliminação nas quartas de final da Copa do Catar e a
espera pela chegada de um novo técnico. Afinal, transição para onde, com qual
ideia, que estilo de jogo?
A até previsível
derrota do Brasil para Marrocos por 2 a 1, em amistoso disputado na cidade de
Tânger, serviu para preencher a data Fifa de março e marcar a estreia de alguns
jogadores, mas a Seleção leva pouco ou quase nada dessa partida.
Sem o compromisso em
preparar o terreno para o novo comandante, o interino Ramon Menezes usou a
oportunidade para dar rodagem a alguns atletas que estarão no Mundial Sub-20,
daqui a dois meses, como Andrey Santos, Vitor Roque e Arthur, que entraram em
campo - Mycael, Robert Renan e outros garotos tiveram a primeira experiência no
grupo, mas não saíra do banco.
O amistoso também foi
aproveitado para premiar jogadores que vêm se destacando no Brasil, mas nunca
tinham recebido chances com Tite, como os palmeirenses Rony e Raphael Veiga.
Algumas escolhas de
Ramon são questionáveis. Por exemplo: como deixar fora o jovem Martinelli,
destaque e artilheiro do Arsenal, líder da Premier League? Porém, convenhamos,
que diferença a presença dele ou de outros jogadores faria num jogo que está
alheio a qualquer projeto de futuro da Seleção?
Mesmo sem alguns de
seus pilares nos últimos anos, como Alisson, Marquinhos, Danilo e, principalmente,
Neymar, o Brasil ainda conseguiu equilibrar o jogo contra Marrocos na maior
parte do tempo, embora não tenha tido uma boa atuação.
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