Veneno foi encontrado nos corpos de mãe e filho que morreram em Goiás, diz delegado

 




Segundo o delegado Carlos Alfama, da Polícia Civil de Goiás, a perícia confirmou que havia veneno nos corpos da mãe e filho, de 58 e 86 anos, que morreram em Goiânia após comerem doces comprados em um estabelecimento famoso da cidade.

Segundo informações iniciais de familiares, os dois passaram mal no domingo (17) e foram internados juntos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde morreram com poucas horas de diferença. O caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios de Goiás.

Assistente de gestão administrativa da Polícia Civil de Goiás, Leonardo Pereira Alves foi o primeiro a falecer. Em uma publicação em uma rede social, a filha dele, Maria Paula Alves, lamentou a morte e deu detalhes sobre como tudo ocorreu. Segundo ela, o pai acordou, “comeu um alimento comprado em um estabelecimento famoso e bem credificado, mas acabou passando mal.” Ele teria apresentado sintomas como vômito, diarreia e dores abdominais.

 “Vomitou sem parar, por horas, buscou atendimento médico e, quando eu soube da situação, já havia ocorrido uma série de complicações que acabaram levando a óbito. Entre o primeiro sintoma até seu último suspiro não teve nem 12 horas”, relatou Maria Paula.

Mãe de Leonardo morreu horas depois

A mãe de Leonardo morreu horas depois do filho, na madrugada desta segunda-feira (18). A idosa passou mal também após comer os doces, foi internada, mas não resistiu. Os doces foram comprados na Perdomo Doce, estabelecimento conceituado de Goiânia.

 “Ontem minha vovó passou mal junto com meu pai, foi internada no mesmo momento, mesma UTI, aguentou mais tempo mas hoje de madrugada foi acompanhar o meu papai no céu”, escreveu Maria Paula nas redes sociais.

A jovem frisou em um comunicado que ninguém sabe ao certo a causa e possível motivação das mortes, e, portanto, não é possível afirmar se o pai e a avó foram vítimas de envenenamento.

A Polícia Civil de Goiás informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios. Por correr em sigilo, o delegado responsável não fornecerá outras informações sobre o ocorrido.

Doceria se defende

Após a confirmação dos óbitos, boatos de que a Perdomo Doces teria vendido doces envenenados começou a se espalhar pela cidade e na internet. A polícia, no entanto, ainda investiga o que teria causado as mortes.

Por meio de um comunicado, a empresa se solidarizou com a família e disse que um lote dos produtos vendidos está sendo averiguado pelas autoridades competentes.

“A primeira coisa a dizer é que nos solidarizamos com a família enlutada. Nossos advogados vêm prestando todos os esclarecimentos para elucidar os fatos, bem como colaborando com as investigações, para permitir que essa familia saiba a causa exata dos óbitos de seus entes queridos. Ver tantas inverdades a respeito da Perdomo Doces serem veiculadas é imensamente triste. Não apenas pela injustiça, mas pela responsabilidade com os mais de 200 pais e mães de família que empregamos e com nossos clientes, que sempre nos honraram com sua confiança”, escreveu a doceria.

 

O estabelecimento acrescentou ainda que, somente neste ano, 346 mil unidades dos produtos da mesma categoria averiguada foram comercializadas e nenhuma ocorrência similar foi registrada.

Procon fiscalizou doceria

Segundo o Procon de Goiás, nesta segunda-feira “os agentes verificaram informações contidas nas embalagens, datas de fabricação e validade, acomodação e refrigeração dos doces e, nesta ocasião, não foi constatada nenhuma irregularidade nos produtos fiscalizados”.

As informações e documentação foram repassadas para a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, que segue com as investigações do caso.

O GLOBO

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