A carinha dela era de
cortar o coração. Essa cachorrinha, que estava na lista da eutanásia, implorou
por ajuda para ser salva. Apoiada nas patas traseiras, Maya colocou as patas
dianteiras nas grades do canil e, com a expressão mais doce no rosto, “pediu” a
uma voluntária do abrigo que a levasse para casa. E conseguiu.
A voluntária Madeline
Smith, que já havia acolhido 54 filhotes, e encontrado lares amorosos para
todos eles, queria ficar com a Maya, mas esbarrou na resistência do marido
dela. Porém, o coração falou mais alto.
“Eu estava andando pela enfermaria para ir embora
quando um ato divino me fez virar a cabeça e olhar para ela. Ela imediatamente
se levantou da cama e pulou com o rabo abanando para me cumprimentar!”, disse
Madeline ao The Dodo.
Madeline não levou a Maya
para casa naquele dia. Ela se preparava para uma viagem. Mas quando chegou em
casa naquela noite, tudo em que conseguia pensar era na carinha da Maya olhando
para ela.
“Eu não conseguia parar de pensar nela e sabia
que tinha que acolhê-la”, disse Smith. “Quando ela foi parar na lista de
eutanásia, foi o fim!”
Ela decidiu salvar a
doce cachorrinha e pediu a uma colega voluntária, chamada Amairany, para
acolher Maya por alguns dias até que retornasse da viagem para Houston, no
Texas, EUA. Deu certo.
Ela lembra que vivia
chorando por causa da cachorrinha que ia morrer: “Meu marido teve que me
suportar chorando por isso por semanas e, no fundo, ele sabia que eu nunca
estava realmente em paz com a ideia de deixá-la ir”, disse.
E apelou: “Uma vez eu
disse a ele que, se a mandássemos [para a eutanásia] eu só queria que fosse
culpa dele (risos), então ele tomou a decisão.”
No Dia das Mães, o
marido a surpreendeu com um cartão carinhoso e os papéis oficiais de adoção de
Maya. “Ele é um homem tão bom, e estou tão feliz por termos a nossa Maya
agora!”, disse Smith.
Feliz
no novo lar
Já se passaram alguns
meses desde a adoção de Maya, e a vida não poderia estar melhor para a doce
cachorrinha. Ela se apaixonou pela irmã peluda, Margot.
“Ela se adaptou muito bem e também se tornou
amiga do filho de 6 anos de Amairany!”, disse Smith. “É muito mais fácil estar
em um abrigo com a comunidade que o cerca!”
E agora ela se prepara
para receber um irmãozinho humano em breve e abraça a barriga da Madeline Smith
todos os dias.
“Ela se encaixou perfeitamente na nossa
família e parecia que ela sempre esteve aqui!”, disse Smith.