A interiorização do ensino superior tem reflexos positivos na economia regional
MOBILIDADE SOCIAL
O cariri da Paraíba, área reconhecidamente carente do semiárido, tem sido fonte de migrações de seus talentos para o âmbito nacional, ao mesmo tempo em que acolhe valores de outras plagas para estudarem e ensinarem em suas universidades, e, assim, participarem do seu desenvolvimento.
O processo da educação, por si só, tem sido capaz de gerar essa mobilidade antes, os que podiam estudar tinham que migrar para outros centros, e lá permanecerem. Hoje, procura-se o cariri para frequentar seus cursos superiores e permanecer ali no exercício de atividades produtivas.
Essas reflexões afloraram quando, neste final de maio, aqui em João Pessoa, o Professor Wellington Pereira lançou mais uma obra, “Catálogo Ilustrado da Vertigem Humana”, com prefácio de Hildeberto Barbosa e ilustrações de Flávio Tavares. Na ocasião, dentre os sumeenses presentes, Sonielson Juvino chamou-me a atenção para esse processo novo de mobilidade no cariri em função da presença ali de escolas superiores.
Sonielson e o próprio Wellington tiveram que abandonar seu cariri e se fixarem em João Pessoa e Recife. Inúmeros outros fizeram a mesma rota. Sumé e Monteiro hoje abrigam estudantes e professores universitários daqui e de fora.
Esse processo educacional interiorizado com implantação dos vários “campi” universitários está sendo capaz dessa mobilidade social, com reflexos positivos na economia das várias regiões e aumento expressivo do PIB paraibano.
Bendita mobilidade esta, capaz de superar carências, através do ensino universitário e técnico. Se a industrialização do nordeste não fora suficiente para erradicar a nossa pobreza de forma definitiva, a educação, através desse novo processo de mobilidade social, está fazendo a sua parte.
O esforço do Governo Federal no sentido de interiorizar o ensino universitário e suas Escolas Técnicas deve ser continuado como fórmula capaz de extirpar gargalhos seculares, que têm impedido o nosso desenvolvimento integral. Outras regiões do Estado passam pelo mesmo processo. Aleluia!
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Brasil