Dois tubarões-martelo foram capturados nesta semana em João Pessoa
Jaime Pereira, agente ambiental, afirmou que não existe pesca predatória.
Após duas capturas de tubarões somente nesta semana no litoral paraibano, mais especificamente em praias urbanas de João Pessoa, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que não há motivos para alarde. De acordo com o agente ambiental, Jaime Pereira, os dois tubarões-martelo que foram capturados acidentalmente por pescadores na Praia da Penha, são comuns no litoral paraibano, mas não costumam nadar próximos à praia. Segundo os pescadores, os tubarões foram capturados a cerca de 2 km da praia, numa área considerada como mar aberto.
Segundo Pereira, não existe pesca predatória de tubarões na costa do estado devido a pouca procura pela carne, mas em alguns casos, as armadilhas montadas para pesca de outras espécias acabam capturando acidentalmente os tubarões que habitam o litoral da Paraíba. “O espinhal, um tipo de armadilha muito comum para pesca de peixes em mar aberto, também prende tubarões. O nosso litoral é habitat de várias espécies de tubarões e cações. Embora, nenhuma delas tenha o costume ocupar áreas próximas à praia”, comentou.
A última captura de tubarão no litoral paraibano aconteceu na manhã de quinta-feira (30). Pescadores capturaram um tubarão-martelo com cerca de 4,10m e pesando aproximadamente 500 kg na Praia da Penha, em João Pessoa.Os arrecifes existentes no litoral da Paraíba separam o mar mais próximo da praia do mar aberto, o que segundo o agente ambiental do Ibama, também serve como uma barreira natural aos tubarões, impedindo que eles avancem para junto de banhistas à beira-mar. “Diferente de Recife, que não possui mais esta barreira, nós em João Pessoa temos uma proteção natural que impede a circulação de tubarões próximo a praia. É importante, pois os tubarões não possuem uma área de ocupação específica, eles circulam por várias áreas em busca de tainhas e sardinhas. Chegou-se a encontrar tubarões até no Rio Paraíba”, explicou Jaime Pereira.
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