Vaqueiro é reincidente e, inclusive, uma das vítimas estava menstruada
Leôncio Barbosa de Andrade, de 22 anos, foi apresentado na manhã desta quinta-feira, 8, pela Polícia Civil de Campina Grande como o principal acusado pelo assassinato e ocultação de cadáver da estudante Ana Alice de Macedo Valentim, 16 anos, que estava desaparecida desde 19 de outubro.
A apresentação de Leôncio, que é vaqueiro e reside numa fazenda na região rural de Caturité, aconteceu na sede da Central de Polícia de Campina Grande, onde o delegado Elissandro de Andrade, da cidade de Queimadas detalhou como a polícia desvendou o desaparecimento da garota e a prisão do criminoso.
O delegado narrou que o drama da família da estudante começou no final da tarde do dia 19 de setembro deste ano quando Ana Alice retornou do Colégio Padre Inácio, em Boqueirão, onde estudava. Por volta das 17h30 ela desceu do ônibus escolar e entrou numa estrada vicinal para ir a sua residência, a cerca de um quilômetro no sítio Bodopitá, zona rural de Queimadas. No caminho chegou a encontrar um primo que ia para o colégio.
Poucos metros antes de sua residência teria sido abordada pelo criminoso que estava num automóvel Celta prata e, com uma espingarda calibre 12 obrigou a estudante a entrar no carro, sendo levada para a fazenda onde o vaqueiro trabalhava.
Naquela localidade ela sofreu aberrações sexuais, culminando com o estupro durante cerca de quatro horas. Por volta das 22h o vaqueiro matou a garota e esperou amanhecer o dia para enterrar o corpo, que foi localizado na tarde da quarta-feira, 7.
Outros crimes - na entrevista o delegado revelou que o vaqueiro é reincidente. Outras duas mulheres chegaram a ser vítimas de Leôncio Barbosa, mas uma delas não chegou a ser estuprada pois estava menstruada e foi liberada pelo maníaco.
Mas o delegado informou que vai continuar investigando os antecedentes do vaqueiro e não descarta outros crimes, apesar de ter apenas 22 anos.
Ana Alice residia na zona rural de Queimadas, cidade que ficou conhecida em todo o Brasil pelo estupro coletivo de cinco mulheres em janeiro deste ano, quando duas delas chegaram a ser assassinadas.
Coincidência a parte, a mãe de Ana Alice, Angineide Macedo era do comitê de apoio às mulheres que foram violentadas. O deputado Luiz Couto chegou a postar no seu twiter que o sequestro e morte da estudante pode ser uma represália pelo apoio que ela tem dado para elucidação daquele crime, pois, segundo Angineide, a estudante não tinha motivo algum para sair de casa”, ressaltou Luiz Couto.
As investigações do delegado Elissandro de Andrade contou com o apoio da Delegacia da Infância e do Adolescente de Campina Grande, que tem a frente a delegada Alba Tânia.