EUA se dizem 'preparados' para qualquer ameaça da Coreia do Norte

Tensão militar cresce na região da Península Coreana.

 O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse nesta quinta-feira (28) que o país está "preparado para enfrentar qualquer eventual" ameaça da Coreia do Norte, admitindo que o risco militar ligado a Pyongyang aumenta.

"Estaremos preparados, precisamos estar preparados, para enfrentar eventuais ameaças", declarou Hagel à imprensa após as missões de treinamento de bombardeiros B-2 - com capacidade nuclear - sobre a Coreia do Sul, que provocaram renovadas ameaças dos norte-coreanos.

"Nós defenderemos explicitamente - e estamos engajados nisto - nossa aliança com a Coreia do Sul e com os outros aliados na região", afirmou Hagel.

"Devemos dizer claramente que tomamos estas provocações (da Coreia) do Norte muito a sério e reagiremos a isto", destacou Hagel.
A tensão com a Coreia do Norte cresceu particularmente nas últimas semanas, após Pyongyang não digerir a adoção de novas sanções da ONU devido a seu teste nuclear de 12 de fevereiro, o terceiro realizado pelo país.
No momento, Pyongyang ameaça atacar o território americano, apesar de analistas não acreditarem que isso seja viável.
"Acredito que estas provocações e o tom beligerante aumentaram o risco" da escalada na região, disse Hagel.
O secretário de Defesa rejeitou qualquer provocação ligada ao envio de bombardeiros B-2 para manobras conjuntas sobre o território sul-coreano.
A Coreia do Norte anunciou na quarta-feira o corte do "telefone vermelho" de contatos militares de emergência com a Coreia do Sul, último meio de comunicação direta entre os dois países.
Washington reagiu indicando que o corte por parte da Coreia do Norte da linha direta militar com o Sul em um momento de alta tensão é uma "decisão provocativa".
A decisão de cortar o último contato direto com o sul coincide com um anúncio de que as principais lideranças do Norte se reunirão nos próximos dias para discutir um "importante tema" e efetuarão "uma guinada drástica".
Os Estados Unidos têm 28.500 militares na Coreia do Sul para enfrentar um eventual ataque da Coreia do Norte.

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