A Prefeitura de Sumé acaba de implantar o
Programa de Qualificação da Assistência Farmacêutica (Qualifar-SUS), no
âmbito do Sistema Único de Saúde, tornando-se o único do Cariri a
trabalhar efetivamente com o Programa que vem estruturar os serviços
farmacêuticos do Município.
A distribuição de medicamentos das
Farmácias Básicas das Unidades de Saúde agora está interligada, on line,
com o Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica, o Hórus,
que permite o cadastro do usuário informando o medicamento que o
paciente está levando, quantos e quais os medicamentos ele já levou até o
momento, incluindo a sua posologia e o custo para o Município.
Por enquanto, a distribuição dos
medicamentos está sendo feita somente na Farmácia Básica. Após a
informatização das Unidades, eles estarão disponíveis também nestes
locais, com exceção dos medicamentos para hipertensão, diabetes e de
controle especial que devem ser distribuídos somente na Farmácia Básica.
A partir da implantação do Qualifar em
Sumé, os usuários do SUS que necessitam de medicamentos prescritos pelos
médicos nas Unidades devem se dirigir à Farmácia Básica munidos de RG,
CPF, cartão do SUS e receita médica.
Para a farmacêutica e bioquímica,
Alessandra Regina de Melo, responsável pelo Qualifar-SUS no Município, o
Programa vem melhorar a assistência farmacêutica, permitindo um maior
controle quanto ao estoque de medicamentos, controle quanto ao prazo de
validade, melhor distribuição e evitar a interação medicamentosa,
possibilitando seu uso racional e seguro.
“Antes do Qualifar, muitas vezes acontecia
do usuário pegar a medicação na Unidade de Saúde e na Farmácia Popular
ao mesmo tempo, ou seja, o usuário pegava duas vezes o mesmo medicamento
e havia medicamentos em grande quantidade de estoque sem a
possibilidade de distribuição antes do seu prazo de validade. Hoje o
Qualifar informa inclusive quando os medicamentos estão para vencer,
então, cabe à nós, farmacêuticos do Programa, distribuir e estocar esse
medicamento de forma adequada”, disse Alessandra.
De acordo com Alessandra, uma das
dificuldades enfrentadas no momento é a resistência da população quanto
ao controle na distribuição dos medicamentos. O Município só pode
liberar os fármacos de acordo com a Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais (RENAME) e da Farmácia Popular do Brasil, determinados pelo
SUS.
“Nem todo medicamento é dever do Município
liberar, existem também os casos excepcionais que é dever do Estado e
não do Município, como por exemplo, para tratamento de asma, alzheimer,
esquizofrenia, artrite reumatóide e outros”, explicou.
Segundo Alessandra, é fundamental que o
farmacêutico esteja articulado com a equipe de saúde do município e que
conheça a história, a estrutura do serviço de saúde e da Assistência
Farmacêutica nas unidades para proporcionar condições de serviços que
atendam às premissas de humanização, otimização dos recursos e uso
racional dos medicamentos na dosagem correta e pelo tempo que for
necessário.
Andréa Duarte
Tags
Cidade