O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou nesta sexta-feira, 22, que o colegiado vai ouvir “cada responsável” pelo esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. A comissão foi instalada na última quarta-feira, 20, e fará sua próxima reunião na terça, 26. O relator é o deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
A CPMI vai ouvir cada responsável, sem blindagem, para que o povo saiba a verdade sobre os bilhões desviados do INSS”, escreveu Viana no X. Os membros da comissão já protocolaram 790 requerimentos, até o momento. Entre eles, estão os pedidos de convocação e quebras dos sigilos bancário e fiscal do lobista e operador financeiro Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS“. Os pedidos foram apresentados pelo líder da oposição no Congresso, Izalci Lucas (PL-DF).
Na quarta-feira, Carlos Viana disse, em coletiva de imprensa, que a CPMI vai votar convites para ouvir todos os ex-ministros da Previdência Social e todos os ex-presidentes do INSS desde o governo Dilma Rousseff (PT).
Na próxima terça, o colegiado votará os primeiros requerimentos para montagem da equipe de servidores para dar suporte às investigações. “Pediremos servidores da CGU, da PF, do próprio INSS, e todos aqueles que possam colaborar na quebra dos sigilos e no acompanhamento e análises dos dados”, falou Viana.
Também na terça, serão feitas sugestões para o plano de trabalho do relator, que está sendo elaborado e será apresentado para votação na quinta-feira, 28. Normalmente, as reuniões da CPMI ocorrerão às segundas e quintas-feiras.
“Também na próxima quinta-feira, já daremos início às primeiras convocações dos nomes que estão sendo apresentados. Vamos começar pelos ministros da previdência desde o governo Dilma. Queremos entender esse mecanismo, todas as falhas deles, independentemente do momento, então desde o governo Dilma ouviremos todos os ministros da Previdência Social”, pontuou Viana.
Também desde o governo Dilma, estaremos convidando e, se for necessário, convocando, todos os ex-presidentes do INSS. Queremos ouvi-los para entender o que foi feito, como começou e naturalmente as responsabilidades de cada um. Essa primeira fase é fundamental para que a gente entenda todo o processo do que está acontecendo e como aconteceu esse roubo absurdo na Previdência Social”.
Ao explicar que serão feitos convites aos ex-ministros e ex-presidentes do INSS, o senador disse que não deseja que a CPMI “tome um aspecto de imposição policial”.
“Nós desejamos que haja colaboração. Não há motivo nenhum para que ex-presidentes do INSS, por exemplo, não compareçam aqui, porque tudo que eles fizeram ou deixaram de fazer, hoje é público. Agora, se necessário, convocaremos servidores deste atual governo, do governo passado, que sejam servidores de carreira, nós estamos dispostos. A CPMI não vai aceitar que não tenhamos as respostas necessárias“.
Com informações o antagonista