Embaixada dos EUA reposta crítica a Moraes enquanto ministro vota no julgamento de Bolsonaro

 

Eduardo Knapp/Folhapress



A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil replicou nesta terça-feira (9) uma mensagem do governo Donald Trump com críticas ao ministro Alexandre de Moraes no momento em que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) dá seu voto no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de liderar trama golpista em 2022 e 2023.


"Dia 7 de setembro marcou o 203º Dia da Independência do Brasil. Foi um lembrete do nosso compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores de liberdade e justiça", afirmou a representação americana num post do X.



"Para o ministro Alexandre de Moraes e os indivíduos cujos abusos de autoridade têm minado essas liberdades fundamentais –continuaremos a tomar as medidas cabíveis."


A mensagem foi originalmente publicada nesta segunda (8) pelo subsecretário para Diplomacia Pública do Departamento de Estado --equivalente ao Ministério das Relações Exteriores—, Darren Beattie.


Aliados de Bolsonaro esperam novas sanções a autoridades brasileiras —do Supremo e também do governo federal— diante do julgamento do ex-presidente.


Neste domingo (7), apoiadores de Bolsonaro levaram bandeiras dos EUA à manifestação na Avenida Paulista.



 

Está no radar dos americanos restringir o visto de mais autoridades brasileiras e aplicar punições financeiras a mais pessoas —a mulher de Moraes, Viviane Barci, está na mira dos EUA.


Há ainda conversas sobre suspender algumas das 700 exceções dadas pelo governo americano na aplicação de 50% das tarifas a produtos importados do Brasil, embora seja considerada uma medida mais dura de ser aplicada.


Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que impôs tarifas de 50% sobre o Brasil porque o país está "fazendo algo muito infeliz". Segundo ele, o governo brasileiro "ficou radicalmente à esquerda".



"Nós temos uma ótima relação com as pessoas do Brasil, mas o governo do Brasil mudou radicalmente. Ele ficou muito à esquerda. Ele ficou radicalmente à esquerda e está machucando muito o Brasil. E eles estão se saindo muito, muito mal. Então, vamos ver", disse Trump em entrevista no Salão Oval.


A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre possíveis sanções a vistos de delegações que participarão da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).


 

Fonte: Folha de S. Paulo

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