A maioria dos torcedores do Palmeiras não gosta quando o clube anuncia que mandará jogos na Arena Barueri. Aquele ligado a estatísticas, no entanto, deveria adotar o estádio na região metropolitana de São Paulo como a sua casa oficial enquanto a Arena Palestra não é inaugurada. A “casa abençoada”, aliás, serve como mais um fator motivador para o jogo desta quinta-feira, diante do Grêmio, pela semifinal da Copa do Brasil.
Lá, o Palmeiras tem cerca de 70% de aproveitamento dos pontos que disputou. Foram 17 jogos, com dez vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas, sendo que uma delas o palmeirense até comemorou. Na ocasião, o triunfo do Fluminense prejudicou o Corinthians e o São Paulo na disputa pelo título do Nacional.
Há, ainda, a parte financeira. Entre aluguel, impostos e outros gastos, um time gasta cerca de R$ 100 mil para alugar o Pacaembu. Em Barueri, o valor cai para menos da metade. Apesar de tantos pontos da favor do local, a torcida ainda não consegue chamar o estádio de "casa". No próximo jogo, pela primeira vez, o público chegará à casa dos 30 mil pagantes.
Para que a aura da Arena Barueri não fique ainda pior para os palmeirenses, os comandados de Luiz Felipe Scolari não podem perder por dois gols de diferença se marcarem pelo menos um gol. Qualquer derrota por um gol de diferença é permitida para que a classificação para a final seja confirmada.
No Palmeiras, uma eliminação após abrir 2 a 0 no jogo de ida é tratada como tragédia. Foi assim que Maurício Ramos definiu uma queda no jogo desta quinta-feira. A saída, aliás, se juntaria a tantos outros vexames históricos que os palmeirenses viram em casa. Basta lembrar nomes como Asa de Arapiraca, Ipatinga, Santo André e Vitória. Todas derrotas trágicas pela Copa do Brasil em casa.
“O Palmeiras está necessitado de um título de expressão faz dez anos. Faz dez anos que não ganha nada. Se formos campeões, vai ser feriado nacional”, disse ele. “Agora, se perder, vai ser tragédia. Vai ser terrível demais!”, completou.
Se a história do time na competição não é das melhores, os números da semifinal da Copa do Brasil jogam ao lado do Palmeiras. Em 17 ocasiões, um time abriu vantagem de 2 a 0 na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil. Em nenhuma delas o quadro foi revertido.
Felipão só perdeu para o Grêmio comandando o Palmeiras uma vez. Na história, o time paulista venceu 33 vezes e perdeu 17, com 28 empates. Considerando só a Copa do Brasil, o retrospecto mostra os paulistas com duas vitórias, contra uma dos gaúchos e outros quatro empates. Números que a torcida alviverde torce para que continuem favoráveis após quinta-feira.
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