Situação na Síria é 'afronta à dignidade humana', diz Casa Branca

Nota criticou governo de Assad por massacre de ao menos 78 em Hama.

 A Casa Branca condenou nesta quinta-feira (7) o novo massacre "revoltante" de ao menos 78 pessoas na província de Hama, na Síria, e o fato de as autoridades sírias terem proibido a entrada de militares da ONU na região.
"Os Estados Unidos condenam, nos termos mais fortes, os ataques mortais revoltantes contra civis, incluindo mulheres e crianças, em Al-Koubeir na província de Hama, como indicaram diversas fontes dignas de fé", afirmou o porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney.
"Isso, e a recusa do governo sírio em deixar os observadores da ONU entrar na área para verificar essas informações, constituem uma afronta à dignidade humana e à justiça", disse Carney em um comunicado.
"Não há justificativa alguma possível para a rejeição contínua deste governo em cumprir suas obrigações nos termos do plano (de paz de Kofi) Annan", afirmou o porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney, que considera que a recusa do presidente sírio, Bashar al Assad, "em assumir a responsabilidade por esses atos terríveis não tem valor algum e serve apenas para destacar a natureza ilegítima e imoral de seu poder".
"O futuro da Síria será determinado pelos sírios, e a comunidade internacional deve dar provas de solidariedade para apoiar suas aspirações legítimas", disse ainda o porta-voz de Obama.
Pouco antes, Hillary Clinton, secretária do Estado dos EUA, pediu que o contestado Assad deixe o poder e saia da Síria.
Nesta quinta, os observadores da ONU mobilizados na Síria foram impedidos, principalmente "por barreiras do Exército", de chegar a Al-Qubeir, anunciou o chefe da missão, general Robert Mood.
União Europeia
Catherine Ashton, principal diplomata da União Europeia, classificou o massacre de "imperdoável" e pediu que as responsabilidades sejam totalmente apuradas.
Revolta
O regime de Assad enfrenta, desde março do ano passado, protestos que evoluíram para uma revolta armada.
As forças de segurança do regime reprimem os rebeldes violentamente, com o argumento de que são "terroristas" tentando desestabilizar o país.
A oposição fala em mais de 13 mil mortos no período, a maioria deles civis.
No dia 25 de maio, o massacre de pelo menos 108 pessoas, incluindo 49 crianças e 34 mulheres, em Hula, na província de Homs, centro do país, havia provocado condenações internacionais.
A rebelião e o governo rejeitaram a responsabilidade, enquanto uma autoridade da ONU disse ter "fortes suspeitas" relacionadas a milícias pró-regime.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Monteiro

Mantenha-se informado