“A justiça está sendo feita", disse Davi Lopes
A decretação da prisão preventiva do psicólogo Eduardo Henriques Paredes do Amaral foi uma resposta efetiva da Justiça. Está é a opinião de Davi Lopes, filho da defensora pública Fátima Lopes que morreu vítima de violento acidente ocorrido no dia 24 de janeiro de 2010, no cruzamento das avenidas Epitácio Pessoa com a Prefeito José Leite, sentido centro-praia.
Davi disse que a família se sente um pouco aliviada pela prisão do psicólogo, mesmo sabendo que a decisão judicial foi pelo atropelamento e morte de Maria José dos Santos, de 56 anos, ocorrido no mês de junho, cinco meses após a morte da defensora pública.
“A justiça está sendo feita. A defesa dele queria procrastinar mais uma vez o julgamento pedindo adiamento, mas não conseguiu”, comemorou Davi, ao afirmar que espera vê-lo condenado e pagar pelo crime que cometeu.
O advogado Arnaldo Escorel, que esteve como assistente de acusação, disse que a decisão do juiz José Aurélio, do 2º Tribunal do Júri da Capital foi extremamente correta. “Ele já havia sido preso pelo primeiro crime, foi solto e ontem o juiz decidiu decretar a prisão pelo segundo crime. Esperamos agora pela condenação”, adiantou o advogado.
A família de Fátima Lopes, disse Arnaldo Escorel, espera pela condenação para que esse rapaz não cometa outros crimes e sirva de exemplo. A família se mostrou indignada pela tentativa de procrastinação da defesa na tentativa de adiamento. “Espero a condenação no julgamento em dezembro”, finalizou o advogado.
Eduardo Paredes compareceu ao 2º Tribunal do Júri Popular para ser julgado pela morte de Fátima Lopes. O acusado chegou acompanhado de advogados, no entanto, o advogado principal, Abraão Beltrão não compareceu. Após abrir a sessão o juiz José Aurélio recebeu um documento, acompanhado de atestado médico de Abraão, solicitando adiamento da sessão.
No mesmo instante o magistrado determinou que dois policiais militares se posicionassem ao lado acusado e anunciou a decretação da prisão preventiva solicitada pelo Ministério Público e advogados assistente da defesa e que o réu fosse recolhido ao quartel do 5º Batalhão da PM, no bairro do Valentina Figueiredo.
A morte da defensora pública Fátima Lopes aconteceu por volta das 6h do dia 24 de janeiro de 2010 quando ela se dirigia com seu esposo, Carlos Marinho de Vasconcelos Correia Lima para uma missa, como fazia todos os domingos. Em um cruzamento da avenida Epitácio Pessoa uma caminhoneta em alta velocidade colidiu na lateral do veículo ocupado por Fátima provocando a morte dela e ferimentos graves no marido.
Na ocasião, policiais que atenderam a ocorrência e testemunhas viram que o provocador do acidente, o psicólogo Eduardo Paredes do Amaral apresentava sinais de embriagues, sendo preso em flagrante.
Mais pouco tempo depois, ele foi posto em liberdade e cinco meses depois voltou a provocar outra morte, quando atropelou a doméstica Maria José dos Santos, na avenida Desembargador Hilton Souto Maior, em Mangabeira.
Desta feita ele conseguiu fugir, mas o carro foi identificado, sendo indiciado pelo delegado Nélio Carneiro.
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