Homenagem a Flávio José - Vagner Lira


 


Homenagem a Flávio José - Vagner Lira

FLÁVIO JOSÉ — O Guardião do Xote 

Hoje celebramos a história viva da sanfona, da poesia nordestina, da fé e da resistência cultural.

Flávio José, filho de Monteiro (PB), carrega em cada acorde a alma do nosso sertão.

Com humildade no coração e coragem na voz, ele seguiu o caminho traçado por Luiz Gonzaga — não para substituir o Rei, mas para garantir que o trono nunca ficasse vazio.⠀

Sua música fala de amor simples, da comida da roça, da saudade dos pais, do cheiro da terra molhada e do povo que dança com os pés e com a alma.⠀

Hoje, mais do que nunca, dizemos com orgulho:

Flávio José é Monteiro.

É Nordeste.

É Forró de Verdade.

Que sua música continue ecoando nos arraiais, nas praças, nos corações.⠀

Homenagem a Flávio José

O Som Que Mora no Sertão

Do Vagner Lira

No coração do Cariri Paraibano…

numa cidade onde o vento sopra histórias e as pedras carregam saudade...

nasceu um menino chamado Flávio.

Filho do barro, da música, da esperança.

Monteiro o viu crescer,

e o mundo aprendeu a amar seu canto.

Ainda pequeno, encantou-se com o som de uma sanfona,

como quem ouve um chamado da alma.

Aos cinco anos, tocava como quem reza.

Aos sete, já era músico de raiz.

E nunca mais parou.

Por décadas, dividiu-se entre o cofre do banco e o baú das canções.

Foi bancário por obrigação…

mas foi sanfoneiro por destino.

Flávio José é um desses raros artistas

que não cantam para os aplausos,

mas para fazer o povo lembrar de onde veio.

Nas letras simples e nas melodias fortes,

há cheiro de terra molhada,

barulho de carro-de-boi,

e o abraço da vó que já partiu.

Ele é o trovador do xote,

o mestre do arrasta-pé,

o "Rei do Xote" que faz da sanfona sua espada,

e do palco, um altar para o sertão.

Se Luiz Gonzaga abriu caminho…

Flávio José seguiu firme,

sem desviar um só passo.

E se Gonzaga é o rei…

Flávio é o guardião do trono.

Aquele que resiste.

Que denuncia.

Que emociona.

No São João de Monteiro, voltou depois de tantos anos…

e fez o chão tremer de emoção.

Foi como o filho que volta pra casa.

E cantou…

cantou com a alma,

com o peito cheio de gratidão e verdade.

E quando tudo termina,

ele levanta os olhos aos céus,

e com a voz embargada canta:

“Tudo é do Pai…”

Porque ele sabe…

Que todo talento vem do alto.

Que o dom é presente.

E que a missão é servir à cultura do povo.

Flávio José…

não é apenas um artista.

É um elo.

Um farol.

Um sopro de eternidade em forma de canção.

Enquanto houver sanfona no mundo,

enquanto houver sertão no coração de alguém…

sua música viverá.


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