Thalles Roberto está para a música
gospel assim como Ivete Sangalo para o axé e Michel Teló para o
sertanejo universitário. Na Expo Itaguaí, a principal feira agropecuária
do Estado, que começa hoje, é ele quem abre a programação gratuita.
Natural de Passos, o mineiro de 35 anos
tem mais de 15 de estrada — foi backing vocal do Jota Quest por cinco —,
mas estourou de uns dois anos para cá, quando começou a colecionar
impressionantes números na carreira, com mais de um milhão de CDs
vendidos.
— Sou filho de pastor, cresci cantando
na igreja, mas fui viver o mundo. Achava muito legal, mas não era a
minha verdade. No dia em que comprei meu primeiro carro zero, voltei
dirigindo para visitar meus pais pensando em como estava deprimido. Sair
à noite para pegar mulher, encher a cara, usar drogas, nada disso me
fazia mais feliz. Pedi demissão do Jota Quest e voltei para a casa —
conta.
Muitas madrugadas de joelho dobrado
depois, veio a compensação: o primeiro CD já saiu por uma grande
gravadora gospel e ele hoje tem que contar com uma ajudinha dos céus
para conciliar os mais de 20 eventos de que participa por mês, em todo o
país, entre cultos, shows e marchas, como a do último sábado, em São
Paulo, com um milhão de pessoas.
— Precisamos falar de Jesus de uma
maneira inteligente — acredita Thalles, que não economiza no suingue ao
cantar, e que prepara um filme sobre sua vida: — É uma história forte,
vai ser uma grande produção. Já temos nomes de atores pensados, até
porque se fosse eu mesmo a fazer as cenas do tempo em que estava
solteiro minha mulher (Daniela) se separava de mim.
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Gospel